BENIGNO



Nome próprio, o próprio nome diz bem, do bem. Sábio caçador, que como uma brisa mansinha vem sussurrando, chega tocando de forma sutil e abrasadora, afagando um ego adormecido. É a contradição personificada que abranda e desassossega, ressoa e se cala, toma e se deixa. Homem-menino que em plena madureza me sacia e embriaga com palavras de mel e faz vibrar a pele em flor. Sua presença é um bálsamo angelical que desnuda minha alma enamorada. Gentil cavalheiro, noto seu perfume invadindo e apossando inteiramente de meus sentidos em sonhos e fantasias, busco-te em lembrança constante nos meus momentos mais íntimos e rotineiros. Por você, venho percebendo em tudo que vejo mais beleza, mais cores, mais vivacidade e mais graça... Por você minha vontade se tornou rubra, quando me incitas eu ardo! Espero teus olhos fitando os meus, sua boca brincando na minha, seu calor buscando eu. Quero-te! Quero estar em ti, passear em tuas mãos, deslizar com precisão, me encaixar com perfeição e sem pressa nenhuma. Quero estar prisioneira voluntariamente nesse veneno de puro êxtase. Vou me deleitar em seu prazer, aconchegar-me em sua essência e me abrigar no abandono de teus braços. Sim, tenho noção da insensatez de ousar aqui entregar de maneira desatinada e indelével o coração em suas mãos, como argila fresca para ser moldado ao teu próprio conforto. Eu assumo! Já nem sou mais eu, sou o que tu quiseres.

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